sexta-feira, outubro 15, 2004

A Vida

Hoje estava conversando pelo MSN com uma amiga de infância, a Kelly, perguntou se eu não estava falando com outra “amiga”, a Zanda. Eu disse que não e ela perguntou o por que.

Vamos aos fatos: Ano passado, mas precisamente 1° de novembro aconteceu o meu casamento, na época eu considerava muito minha amiga de infância Zanda, a considerava minha melhor amiga e a chamei para se minha madrinha e tal. Só que no mesmo dia e hora que aconteceria o meu casamento ia acontecer o casamento de uma outra amiga em comum, a Dalila, só que quando eu marquei o casório eu não sabia que ela iria se casar justamente naquele dia e depois eu não podia mais mudar a data e ficou assim mesmo. Eu burramente pensei que a Zanda sendo minha madrinha ela iria ao meu casamento. Ledo engano, três ou quatro semanas antes do casamento ela e a mãe dela aparecem na casa da minha mãe, minha residência na época, e dizem que como a mãe dela e o pai seriam os padrinhos do casamento da Dalila ela, a Zanda, não poderia ia ao meu casamento e ser a minha madrinha por ela não poder ir sozinha ao meu casamento. Eu fiquei tão pasma com aquilo que nem falei nada, minha mãe se mostrou indignada mas não disse nada também. Por graça divina no início do ano eu conheci um casal de namorados/noivos, Cláudio e Rachel, uns doces de pessoas, que vieram a ser meus braços direitos durante todo o ano, dos quais virei amiga e então eu os chamei para serem meus padrinhos e eles aceitaram com prazer.

Ocorrido o casamento nunca mais falei com a Zanda. Só que hoje durante a conversa com a Kelly surgiu o assunto então falei para ela o que aconteceu. O engraçado foi que ela tinha falado com a Zanda sobre o assunto e ela disse que eu não a havia convidado para o casamento por isso ela não tinha ido. Nossa isso me ferveu! Para que mentir, se a verdade é conhecida de muitos que na época me viram chorar por causa do acontecido. Para que mentir sobre uma coisa tão besta? Para que?

Agora que a minha vida mudou totalmente e que não saio mais com ela e com os amigos dela eu me dei conta que não me divertia com as idas a barzinhos aonde não conhecia ninguém, que não me fazia bem passar uma noite numa festa na qual somente ela e seu namorado conheciam as pessoas, que o tipo de pessoas com quem eu saia não era o meu tipo. Isso que para mim era normal na época, não mais faz parte da minha vida e fico feliz por isso. Não digo que não houveram momentos divertidos, mas eles não foram tão marcantes quanto os momentos desagradáveis. Agora, só saio para onde quero, não me sinto obrigada a agradar ninguém, se faço é porque quero. Tenho companhias agradáveis, para fazer programas agradáveis, que podem ser uma simples ida a um restaurante comer e jogar conversa fora, ou ver um animê na minha casa. Tudo isso agora para mim é diversão porque agora eu conheço as pessoas com quem eu saio e não me sinto deslocada e envergonhada de ser o que sou. Agora sei qual a minha vontade e ela é respeitada e admitida pelos meus atuais amigos como uma coisa igual e divertida.

Às vezes me lembro das conversas e noites que dormi na casa dela, das viagens que fizemos juntas e fico pensando como uma pessoa se parece amiga por tantos anos e depois é capaz de mentir uma besteira dessas, sem motivo, sem importância. Estive pensando e me veio a mente que eu queria sim voltar a falar com ela mas para dizer as coisas que não disse, para isso teríamos que por os pingos nos is. Queria mostrar a ela a pessoa melhor na qual eu me tornei e dizer que ela também pode melhorar, é só querer. Pois me dói ver uma pessoa que me foi muito querida atolada nesse tipo de dor, que não sara nunca. Esse tipo de fingimento para ser aceita.


Sei que o post foi longo, entediante e confuso mas eu precisava colocar isso para fora antes de explodir.

escrito por Sue às 12:49 PM |

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