terça-feira, novembro 01, 2005

Como Tudo Começou

Eu tinha (ainda não sei como) passado no vestibular para Letras Japonês e estava em meu primeiro semestre na UnB, alegre e contente, apesar de ter entrado justamente num semestre após uma greve grande que fez com que tivéssemos aula até fevereiro. Tive que pegar além das aulas de meu departamento, aula de Introdução à Lingüística (IL) e Introdução à Teoria Literária (ITL).

Empolgadíssima, tudo era novidade, minha turma de japonês era ultra animada, terror para os professores. Principalmente dos professores de IL e de ITL, eles nos detestavam.

Lá pelo meio do semestre, conheci um rapaz, bem alto, bonito, engraçado, com bom papo e que fazia IL comigo. Fiquei impressionada de nunca ter notado ele antes, depois fiquei sabendo que ele só tinha começado a ir para a aula no meio do semestre e que também era aluno de Letras Japonês, mas já estava no final do curso.

No final do semestre o professor de IL deu uma prova para ser respondida em casa e deixada em seu escaninho. A prova estava um tanto chata de responder, mas de um jeito ou de outro eu consegui responder tudo. O belo rapaz me ligou e perguntou se eu tinha conseguido responder todas as questões, eu respondi que sim, e enviei a minha prova para ele por e-mail para que ele pudesse dar uma olhada na questão que ele estava com dúvida.

Depois disso, passamos a nos corresponder por e-mail, todos os dias, às vezes várias vezes por dia. Ele viajou para São Paulo e para o Rio, voltou e marcamos com mais duas amigas uma cinema. As duas furonas não foram, e nós fomos sozinhos assistir um filme horrível de terror. Na hora de ir embora ele me levou até a rodoviária e me deu um abraço, só um abraço, mas daqueles que deu vontade de não largar mais.

Dias depois já era carnaval. Eu detesto carnaval, mas alguns amigos da turma de japonês resolveram fazer um churrasco na casa da avó de um deles. Como ele já fazia parte da turma também foi, passamos a tarde toda trocando olhares. Eu completamente abobalhada. Depois começamos a assistir uns filmes eu sentei do lado dele num sofá de dois. No meio do filme, tomei coragem e segurei na mão dele e passamos o resto do filme de mãos dadas.

Quando o filme acabou estava chovendo, mas como estava muito quente ele foi para a varanda e eu fui atrás, e nos beijamos.

Foi assim que começamos a namorar. Ele sempre diz que deu muita bobeira de não ter me beijado no dia do cinema. Sete meses depois nos casamos, e hoje fazemos dois anos de casados.

Estou muito feliz, ele me faz muito feliz. Ele é minha vida, meu conforto, minha alegria, minha fortaleza, meu amor. É por causa dele que me sinto feliz ao voltar para casa, é por ele que tenho controlado meu gênio, é por ele que decidi ser eu mesma, é por ele que minha vida vai para frente, é ele que me dá força. Ah Léo (Burning), você sabe que eu te amo.

escrito por Sue às 9:59 AM |

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